sexta-feira, 6 de maio de 2011

Liga Europa - 1/2 final (Villarreal 3 - FCP 2) - Rescaldo

Destino final: Dublin.
Com a naturalidade exigida o F.C.Porto regressa, 7 anos depois, a mais uma final europeia (a 5.ª, excluindo as Supertaças e, claro, as Taças Intercontinentais que essas não são europeias!) para tentar conquistar mais um troféu (o qual, a nível nacional, apenas o F.C.Porto conquistou) para expor no futuro museu a abrir, no próximo ano, à passagem da data do 30.º aniversário da presidência do nosso NGP.

Foi natural, mas foi árduo este regresso. Era notório, das palavras que antecederam o encontro, que, apesar da confortável vantagem conquistada pelo F.C.Porto no Dragão, o Villarreal ia tentar fazer o jogo de uma vida. Era para eles, tão só, a possibilidade de disputar a 1.ª final europeia da vida do clube....e com jogadores daquele calibre não eram esperanças infundadas.

O F.C.Porto entrou sem novidades (visto que Cebola tem jogado ultimamente e Moutinho é, aparentemente, e aos olhos de AVB, indispensável (mas que me fez estar apreensivo logo ao início pois por mim estava bem era a aquecer o banco)). Ainda por cima sabendo que os espanhóis iam entrar com tudo era importante alguém com a massa cinzenta de Moutinho para tentar travar as investidas dos amarelos. Aos meus olhos a inclusão de Moutinho quis também dizer aos outros jogadores (que sabem do papel do nosso 8 na equipa) que a eliminatória não estava ganha.

Pois bem...desde o 1.º segundo que o submarino mostrou ao que vinha...com um número impressionante de homens no ataque forçou, forçou, forçou e, passados 15 minutos, já tinha marcado 1 golo (e já podiam ter sido mais).....em nítido fora de jogo, diga-se. Será que desta vez foram os villarrealistas a comer a bela da mariscada com o homem do apito?? Eles e mais os homens da SportTV pois repetições esclarecedoras foram escassas.

O F.C.Porto não conseguia sair a jogar fruto da pressão altíssima do Villarreal....e depois do 1.º foram em busca do 2.º. Mais 15 minutos a bombar e, apesar de o F.C.Porto me parecer emocionalmente em baixo (AVB disse que não) conseguimos suster, às vezes melhor outras vezes pior, o perigo. Capacidade de sofrimento e sacrifício a top.

Não acho que tenhamos jogado mal. É certo que podíamos ter tido mais calma nalgumas situações (né Hulk e Guárin) mas era complicado. Fizemos o que podíamos...e, como disse AVB, com competência.

Não obstante julgo que foram notórias algumas debilidades. Mesmo tendo A.Pereira subido menos que no Dragão muito jogo espanhol passou por ali. Pela nossa direita a mesma coisa. Há que melhorar os laterais no aspecto defensivo. É certo que os adversários eram poderosíssimos mas não pode ser. Não podemos, por termos passado a eliminatória, ficar embriagados pela vitória e esquecer os erros como fazem outros tontos e que depois, está a ver-se, se pagam caros.

Era fácil de ver que, começando assim, o Villarreal rapidamente ia quebrar. Aconteceu...a partir da meia hora o F.C.Porto começou a jogar à bola, chegou ao golo e até podia ter ido em vantagem para o intervalo.

Não foi, mas entrou logo a marcar na 2.ª parte. Jogada notável dos colombianos do plantel com o inevitável Falcao a concluir e a confirmar o estatudo de melhor goleador da prova neste ano e, esfumaçando mais um record, de todas as edições até agora realizadas. Notável e, principalmente, merecido. E acabou a eliminatória.

Já agora, também tinha a ideia que se marcássemos 2 golos igualávamos o Barcelona em maior número de golos marcados numa prova europeia. Se alguém puder confirmar agradeço.

A partir daqui era um olho na SportTV e o outro na BenficaTV2 (oficialmente designada por SIC).

O Villarreal nunca desarmou, afinal de contas até ganharam todos os jogos em casa nesta competição, e continuou em cima de nós. Só o facto de eles precisarem, nesta altura, de 6 golos para nos eliminar justifica o relaxe da equipa e a inversão do marcador. Isso, e a ausência de Fernando. Diga-se, em abono da verdade, que os espanhóis foram uns bois, a distribuir lenha pelos jogadores do F.C.Porto. Essa jogada sobre o Reges era para vermelho directo, o que foi esquecido (devia estar bom o marisco!). Também o 2.º golo deles me parece precedido de falta sobre Sapunaru e o penalty com uma paradinha (irregular, ao contrário do que os "senhores" da SportTV insistiam em dizer) mais evidente era impossível...mas ok...damos essas de borla, até porque acho que, pelo futebol praticado em ambos os jogos, o Villarreal merecia também uma vitória e veio valorizar a nossa goleada no Dragão pois foi a confirmação de que estávamos a jogar contra uma excelente equipa...

A saudar a inexistência de castigos disciplinares que nos condicionem no jogo final. Foi notório o cuidado de Moutinho e também de Falcao ou Sapunaru, amarelados no decorrer da partida.

A lamentar a lesão de Fernando (vamos lá ver como terá aquele pé depois da entrada quase assassina do espanhol que, pasme-se, ainda reclamou que não havia falta) e Cristián Rodriguéz (este último ainda é pior que o Varela quando o assunto é romper a musculatura).

Mais um exemplo da suínice espanhola foi quando o CR10 estava no chão e o suíno mor (Garrido) aos berros para o Villarreal não por a bola fora (quando se notava que os jogadores estavam vai não vai para o fazer). Também deve ser daqueles para quem o fair-play é uma treta. Talvez por essas e outras se escreva direito por linhas tortas.
Também a fita do defesa aquando da entrada de Falcao é digna de fazer o Jackie Chan corar quando, num dos seus filmes, pensar em lançar-se de costas para o chão. Eh pah...amarelo ok, admito. Mas serem porcos ao ponto de o querer expulsar, enfim...mas podia acontecer..com a fita que houve. E que injustiça tremenda seria. Felizmente tudo correu bem (até o penalty do Otamendi que, bem vistas as coisas, se o espanhol passava ficava na cara do golo pelo que se o árbitro tivesse mostrado o vermelho nem me escandalizaria).

O público exerceu uma pressão tremenda à qual, felizmente e correctamente, o árbitro foi imune. Notável também a alegria com que viveram os instantes finais da partida sempre a puxar pela equipa. Até parecia que eram eles os apurados. Respectiva saudação.

Destaques individuais...eh pa...ninguém jogou mal, me parece. Mas uma especial vénia ao Hélton pelas fantásticas defesas que fez. Não merecia ter sofrido 3 golos e, realce-se, não teve culpa em nenhum deles. Por serem mais verdes nestas andanças também gostaria de destacar o puto James e o Sousa pois estiveram à altura (o puto então foi uma delícia).

E assim confirmámos a presença no Aviva Stadium no dia 18 do corrente. Estamos na final.

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