segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Grandes Golos (III)

Inicío-me nesta rúbrica com o golo que mais marcou a época da viragem na história futebolística nacional.
Haviam passado treze anos desde o 25 de Abril de 1974 (desde a época de Fátima, Amália e Eusébio, quero eu dizer) e, aquela que era a equipa simpática da altura, bem ao nível da Académica de Coimbra, começava a mostrar a sua raça... A raiva de anos e anos confinados a uma região condenada ao abandono (não é que tenha mudado muito desde aí, mas isso é pão para outro jantar!) começava a dar frutos. De onde menos se esperava nascia uma potência europeia do futebol, e o clube que tinha meia dúzia de campeonatos até à altura (para não parecer mal) começava a dar cartas aos até então magnatas habituados à ultra protecção de um regime ditatorial que até jogadores enclausurava no aeroporto.
O golo de que falo? Rabah Madjer no 1-1 frente ao Bayern de Munique na final da Taça dos Campeões Europeus de Viena em 1987.


Desde aqui ninguém mais calou os ex-magnatas, que nunca se conformaram com o estatuto de equipa secundária das décadas de 80, 90 e 2000, e que tentaram por todos os meios ao seu alcance vencer em secretarias e roubar aquilo que havia sido ganho à custa de suor, esforço, sacrifício e gosto pela camisola vestida!